Antes de ler esse conto, sugiro que leiam a Parte 1, clicando aqui.
Foi estranho acordar no outro dia... Carina estava em meus braços, dormindo pesadamente, mas com expressão facial de uma criança, livre de qualquer pecado. Apesar de ter cabelos curtos, eles estavam espalhados sobre meus braços, de forma ondulava similar à dunas, num castanho dourado. Fiquei ali ainda por quase uma hora, deitado, imóvel, deleitando do perfume de flor que a pertencia.
Foi estranho acordar no outro dia... Carina estava em meus braços, dormindo pesadamente, mas com expressão facial de uma criança, livre de qualquer pecado. Apesar de ter cabelos curtos, eles estavam espalhados sobre meus braços, de forma ondulava similar à dunas, num castanho dourado. Fiquei ali ainda por quase uma hora, deitado, imóvel, deleitando do perfume de flor que a pertencia.
Quando a guria acordou, eu havia pegado no sono novamente. Mas ao seu
leve movimentar em um giro, focalizando seu rosto com o meu, despertei
vagarosamente, com a ela a me admirar. Mais uma vez, fiquei muito sem graça.
Afinal de contas, ela era talvez, a guria mais bela no qual eu já tivera visto
de perto. Ela notou minha inquietação interna, por eu ter ficado com o rosto
ligeiramente vermelho.
Rindo da minha “bobagem”, ela ignorou meu desconforto, e mais uma vez me
beijou, com carinho, um beijo rápido, e abaixou sua cabeça, ficando sua testa
devidamente encaixada ao meu pescoço. O carinho vindo dela sim me fazia
alucinado de um sentimento bom, a muito não experimentado por mim.
Era quase como se eu estivesse gostando dela, de uma forma especial. Mas
bem, pare de bobagem! Foi apenas um momento, apenas carência de ambos. Pelo
menos preferi acreditar nisso.
Durante o dia, nem nos vimos direito, porque cada um foi para um lado,
fazer algo diferente, interagir com outras pessoas, afinal, era muitos amigos
de outrora, para reencontrar, matar saudade. Chegado à noite, cruzamos olhares
novamente, mas de forma amigável, da mesma forma que sempre fora. Sorriso
abertos, de amizade sincera.
Era noite agradável para mim, um vento frio passava às vezes, para
acalmar minha alma. Apesar do medo de altura, estava eu, encostado num
parapeito de concreto, a observar a cidade ao longe, toda iluminada pelas luzes
artificiais. Aquilo era lindo de longe, dava um destaque mágico às fotografias
no qual eu imaginara. Saí de lá para buscar minha câmera fotográfica.
Fotografias são um hobbie para mim. É a minha forma de fazer arte. É a minha
forma de encarar o mundo como uma beleza a ser lapidada.
Quando voltei, ouvi que os sons da festa já estavam funcionando, e em
alto volume. Naquela segunda noite eu queria apenas tranqüilidade. Queria a
cabeça vazia de pensamentos, para assim apreciar só e puramente os sentidos. E
dei as costas para a festa.
Passado algum pouco tempo no qual eu contemplava o horizonte, no meu
“silêncio”, os amigos mais próximos chegaram, com aquelas brincadeiras mais
batidas, mas ao mesmo tempo, sempre atuais, de:
- Olha o anti-social!
E todos rimos de leve. Isso realmente não me incomoda. Na verdade, às
vezes gosto dos meus momentos de isolamento. E gosto também quando são
interrompidos. Essas pessoas são a jóia mais preciosa que poderia encontrar.
Estavam todos ali, naquele feriado.
Depois de alguns momentos proseando sobre a nossa vã filosofia, nua gama
dinâmica de assuntos regados à boa dose de humor tanto pateta, quanto
inteligente, quanto irônico, alguns deles foram curtir a festa, afinal de
contas, era apenas o segundo dia. Carina e os outros foram pra festa. As coisas
voltaram ao normal.
Quando ficamos em poucos, resolvemos fazer música. Dois amigos com
violões, eu com minha gaita, e mais três pessoas sem instrumentos, ficamos
tocando e cantando músicas nacionais dos anos 70 até os dias atuais. A noite
agora se transformara em um momento de contemplação completo para mim. Estava
conseguindo parar de pensar, apenas sentindo os encontros sonoros e visuais se
unido de forma prazerosa... Aquele momento o mundo poderia acabar, eu estava
realizado.
A festa foi encerrando-se. Parecia deveras animada, mais com o avançar da
hora, as pessoas foram saindo de lá. Algumas para trocar beijos quentes com
outro alguém, outras para dormir. A nossa turma voltou a se encontrar toda.
Carina voltara, e sentava perto de mim. Era inacreditável, como apesar de ela
ter dançado o tempo todo, permanecia bela, com um perfume suave.
Fiquei embasbacado, olhando para ela. Algumas pessoas notaram meu
fascínio, e um amigo próximo me cutucou de forma discreta e só assim caí em mim. O que está
acontecendo? Estou ficando bobo, como um adolescente!
Era hora de parar com a música. O sono veio se aproximando como um lince
à espreitar a caça, e por fim me alcançou.
- Boa noite a todos! Durmam com Deus e anjas. Deu a minha hora, amigos.
E todos responderam, e assim eu saía para meu quarto.
Não é que nessa noite eu dormi como uma pedra?! Kkkkk.
No outro dia acordei bem, relativamente cedo. Era 9 da manhã, o céu
estava lindo, o sol despontava transmitindo energias para o dia que começava.
Havia poucas pessoas acordadas. A festa de ontem à noite foi muito agitada, e a
maioria estava se recuperando. Enquanto eles não acordavam, fui me sentar à
beira da piscina, com os pés na água, que por sinal, estava gelada. Fiquei lá
tomando água de coco, e conversando com as poucas pessoas que estavam
acordadas.
Aos poucos os demais foram acordando, e chegando próximo. Quando
assustei, estávamos todos do encontro juntos. Tava realmente bacana. Algumas
pessoas ainda com sono, e por isso um “mau humor” esperado. Mas a maioria
estava bem.
Neste 3º e penúltimo dia, faríamos um passeio no sítio. Uma turma ficou
na piscina, outra iria praticar esportes ecológicos, enquanto um terceiro grupo
ficou por conta de cavalgar. Como até o momento eu fiquei por conta de lazer,
esse era meu dia de ficar para organizar o evento. Fui para a cozinha, fazer o
trabalho operacional, como lavar coisas, picar e descascar coisas...
À noite caiu, e com ela, o meu corpo estava levemente cansado, mas nada
que me derrubaria. Fui tomar um banho, e me arrumar para a terceira e última
noite no sítio. O quarto dia só iria até o almoço. Depois do banho, quando fui
me trocar, já no quarto, bateu uma preguiça. Não era propriamente cansaço, mas
uma vontade de ficar quietinho ali, aquela noite. Sendo assim, vesti uma
bermuda cinza, confortável, e uma camiseta branca e deitei no meu colchão.
Aos poucos os demais foram passando pelo quarto, para se preparem para os
festejos. Conversamos muito, e um a um eles passavam pelo quarto e iam embora
para a festa. A festa começou, e eu me levantei. Queria beber algo, e me
levantei, para ir à cozinha, mas voltaria em breve.
Passando pelo corredor vi as luzes da festa, ao longe. As músicas estavam
menos frenéticas que da noite anterior. Todos estavam já cansados dos dias
corridos e das festas animadas. Voltei ao quarto, e me postei sentado na cama
esperando que o sono viesse.
Passado um momento, eis que Carina adentra ao quarto. Ela sorria, como
sempre, naturalmente bela. Ela usava uma blusa branca, e uma saia
cumprida. Ela veio sozinha. Estranho,
porque mais festeira que ela, somente duas dela. Mas era verdade, ela adentrara
ao quarto que estava à meia luz. Ela até pensou que eu estivesse dormindo, e
pediu desculpas por me acordar:
- Sem problemas guria, eu não estava dormindo.
Sorri amigavelmente pra ela. Ela sentou na minha cama, do lado oposto que
eu estava. Trocamos olhares mudos por alguns segundos, mas ao contrário das
outras vezes, não havia falta de graça. Eram olhares sinceros, de amigos de
muitos anos.
- Ei, meu anjo, senta aqui comigo. – Disse isso pegando-a pela mão, e
trazendo para se recostar ao meu corpo.
Assim que ela se sentou, entre minhas pernas, passei meus braços,
envolvendo-a pela barriga. Minha boca ficava na altura exata de seu ouvido. E
ali ficamos conversando baixinho, e rindo. Não falamos nada demais, e acabamos
até começamos a cantar “Sutilmente”, do Skank. A música é linda, e antes de
terminarmos, começamos a nos beijar de forma tão gostosa, que parecia começo de
namoro. Foi o melhor dos beijos que tive com ela. Provavelmente um dos melhores
de minha vida.
Ficamos por muito tempo no mesmo beijo, e o ardor e fervor dos lábios de
ambos não cessava. E quanto mais o beijo prosseguia, mais excitado eu ficava. A
intensidade do beijo aumentava, e não conseguíamos nos desgrudar mais.
Ela percebeu minha excitação, que nesse momento já era extremada
fisicamente. Assim o beijo cessou. Ambos estávamos sem graça, quando nos vimos
novamente. Aquele silêncio constrangedor se abateu da cena.
Assim sendo, eu tentei quebrar o gelo:
- Me desculpe, meu anjo... – Eu disse isso com a voz ainda vacilante.
Ela não sabia o que dizer. Como dito na primeira parte, a guria é
inexperiente quanto às relações mais afetivas e físicas. Provavelmente isso
nunca antes acontecera com ela, e por isso, pela primeira vez ela ficara tão
sem graça quanto eu.
Ao contrário do que eu esperava, ela não saiu dali. Ficou no mesmo lugar,
na mesma posição. Eu não pensava em me mexer também. Ela então deitou a cabeça
em meu peito, e ainda sem graça disse baixinho:
- É que eu nunca...
Eu acariciando seu cabelo disse:
- Nem se preocupe... – e beijei-a na cabeça, de forma mais terna.
Permanecemos assim durante muito tempo. Abraçados, apenas trocando
energias positivas.
Depois que consegui me tranqüilizar, fisicamente, resolvemos sair dali,
pois se ficássemos, aquele clima quente iria ocorrer novamente. Dali saímos de
mãos dadas. Entre nós, não estava mais a mesma coisa. Imperava um silêncio e um
constrangimento, mas conflitante a isso, estávamos de mãos dadas, nos
olhávamos, sorriamos. Era perturbador aquele momento.
Chegando lá fora, ela se sentou e fui buscar água de coco para bebermos.
Ao retornar, parece que parte daquele clima denso que se formou entre nós tinha
se perdido com as lufadas de um vento levemente frio que circundava o sitio.
Ao melhor estilo namoradinhos, estávamos sentados tomando a água de coco,
lado a lado. Passei meu braço esquerdo por cima de seus ombros, e ela se
acomodou melhor em mim. Em
poucos minutos trocamos mais alguns beijos despretensiosos.
De repente ela disse:
- Eu gostei...
Lerdo como sempre fui, não captei o assunto.
- Oi?
- Eu gostei... De como a gente estava...
- Bem... – Eu estava sem graça novamente, pela surpresa. – Eu não posso
negar que estava bom... Você percebeu... – Tentei evitar que o clima ficasse
tenso novamente.
Ela apenas riu da minha gracinha. Ufa! Esperava uma reação menos natural.
Carina se levantou e ficou à minha frente. Reclinou-se e me beijou,
envolveu-me em um abraço no pescoço.
É como se fosse automático. Eu, ainda sentado, fui me aproximando de seu
corpo. Com isso ela foi se endireitando, e em pé, entre minhas pernas, ainda de
pé ela se postou. Novamente voltei a me excitar, como se meu corpo já
antecipara toda aquela situação.
Em poucos segundos, a guria se sentou no meu colo, sem pararmos com os
beijos que trocávamos. Sentada em minha perna esquerda, ela foi propositalmente
procurando saber da minha excitação, buscando com sua perna direita. Tarefa
fácil, e deveras interessante. Naquele momento tive certeza, ela queria ir mais
além. Mais tinha um problema. Seria sua primeira vez. Geralmente, a primeira
não é bacana para as gurias. E eu não gosto de ser o primeiro cara de qualquer
guria que seja.
Antes que eu parasse para avaliar meus questionamentos, o beijo fora
interrompido, e ela sorridente, se levantou, segurando minha mão, e saiu
andando. Apesar de eu aparentar excitação, não fiquei sem graça, e a segui. Não
havia ninguém por perto, estavam todos curtindo a última das noites de festa.
Fomos para um segundo quarto, mais afastado, no qual acredito que não
estava sendo utilizado. O quarto era bem menor que os demais utilizados. Ele
não tinha camas, apenas algumas estantes, e cômodas. Provavelmente guardava
roupas e toalhas para visitantes. Assim que entramos, os passos foram
interrompidos, e ela num giro, parou de frente pra mim, e sem pensarmos duas
vezes, estávamos novamente com os corpos colados, trocando carícias. Com a
boca, com as mãos, os braços, enfim, os corpos se entrelaçavam como numa dança
sincronizada.
Sem interromper a dança, fechei a porta, e tranquei-a. sem separar os
lábios, senti Carina exprimir um sorriso. O estalo da tranca da porta a deixou
mais tranqüila (e a mim também). E novamente nos vimos tomados pelo desejo um
pelo outro.
Em pouco tempo meus beijos começaram a desviar de seus lábios. E
começaram a escorregar pelo rosto, em direção ao pescoço. Pelo visto, era a
primeira vez dela, não somente no “já imaginado”. A guria ficou fascinada. Ela
estava com a cabeça reclinada para cima. Eu não conseguia ver, mas suspeito que
estivesse de olhos fechados, lábios entreabertos. Quase inaudível, emitia
suspiros profundos. E aquilo servia para me deixar ainda mais extasiado.
Ao descer mais os lábios, senti que Carina ficara imóvel. Aquele receio
da primeira vez deve ter batido. Eu devia ter imaginado. Tudo bem, por mim.
Quando parei, e voltei a ver seu rosto, ela com uma cara de guria levada,
e me pergunta:
- O que foi? Por que parou?
E continuou a me olhar, rindo maliciosamente.
Seria outra situação para eu ficar sem reação, só que ao invés disso. Eu
num abraço girei-a, parar ficar abraço por de trás dela. Como um vampiro sem
escrúpulos, vi seu pescoço novamente livre, e não hesitei em “atacá-la”. O
beijo fatal... O beijo do vampiro.
Dessa vez ela não se intimidou, e começou a acariciar minha cabeça
enquanto eu a beijava vagarosamente. Ela aos poucos ia ficando à vontade. E eu
também. Estava todo cheio de cuidados, porque tinha de ser especial para ela.
Não que pra mim não fosse. Não vou ficar explicando, espero que tenham
entendido.
Agarrei sua cintura, exercendo leve pressão com as mãos. Nada para
machucar, mas firme suficiente para ela não fugir. De imediato, Carina colocou
suas mãos sobre meu punho, e tão firme quanto, agarrou-o, para que também não o
tirasse dali. Nossos corpos voltaram a se colar. Seu bumbum estava deslizando
vagarosamente por minha região púbica. Ela agora, além de estar mais à vontade,
me pareceu incorporar o jogo sendo desenvolvido naquele momento. Parecia mais
dona da situação.
Para desviar um pouco a tensão boa que ocorria, comecei a subir minhas
mãos, de modo que sua blusa subia junto. Sua barriga começava a despontar. Que
gracinha sua barriga. Na medida certa. Tão condizente como todo corpo de
Carina. Tudo feito devidamente ajustado ao seu biotipo.
No jogo de provocar desejo, que estávamos exercendo sobre o outro, Carina
começou a retrair meus movimentos vagarosos para cima. Nada de paralisar, mas
de retardar. Era hora de brincar. Estávamos nos amando, e nos divertindo com
tudo aquilo.
No momento em que sua blusa estava acima dos seus seios, que começavam à
despontar, Carina se virou de frente pra mim, e voltamos a nos beijar. Os
beijos agora estavam diferentes dos anteriores. Antes eles eram beijos ardentes,
do calor do momento. Agora eles tinham um significado, uma intensidade
diferente. Mesmo não gostando de utilizar o termo, mas havia amor naquele
momento. Quase comecei a me sentir culpado novamente. Eu estava gostando dela
de verdade.
Nesse momento arrebatei-a, carregando-a, sem cessar os beijos. Ela grudou
os braços em meu pescoço, enquanto eu a segurava-a por baixo da bunda. Aos
poucos, em meio aos beijos, fui deslocando-me para trás. Encontrei uma cômoda
de altura de mais ou menos um metro. Escorei-me nela, de modo a ficar meio
sentado e meio em pé, ainda carregando Carina. Passei a segurá-la pelas costas
nuas. A pele dela emana um calor aconchegante.
Ela parou os beijos por um momento, para retirar a própria blusa, que
estava mais a incomodá-la, do que cobrindo algo. Surpreendeu-me quando ela
terminou, e de imediato pôs-se a retirar também a minha blusa. Rimos um para o
outro. Era o nosso momento de curtir.
Voltamos a nos beijar loucamente. Aos poucos fui me assentando na cômoda,
e ela no meu colo, em minhas pernas. Nesse momento cheguei a duvidar se ela
realmente não sabia o que estava fazendo. Ela beijava-me calmamente, rindo
maliciosamente, enquanto parecia exercer uma dança sensual, de movimentos
milimetricamente calculados, com o ventre, cintura, quadril e pernas. E nesse
momento eu já não me agüentava de tesão. Não fui mais capaz de disfarçar minhas
formas enrijecendo perante as suas formas.
Tentei novamente reverter o jogo. Eu, que estava sentado, fui me
levantando, ainda carregando-a. Coloquei-a sentada na cômoda, enquanto eu
estava em pé, de frente para ela. Voltamos a trocar beijos, mas não havia
volta, ela estampava aquele rosto malicioso sempre que eu a olhava. Ela não
reduziu seus avanços. Mantendo aquele sorriso, aquele olhar, ela foi afrouxando
o sinto da minha bermuda. Ela foi desabotoando minha bermuda.
Dessa vez não reagi. Chegara o momento de clímax. Ela já me instigara ao
máximo. E sabia, que não era somente à mim que havia chegado o momento.
Retomando o controle da situação, fui deitando-a, com toda calma do mundo,
encarando-a nos olhos, como se fosse possível ver sua alma. Ela ficou
hipnotizada. Obedecendo cada movimento que eu mentalmente ditava. Quando se
encontrava deitada, Carina desabotoou seu sutiã. Mas não o retirou. Ela, inconscientemente,
me provocava mais do que qualquer outra guria.
Quando me reclinei para voltar para beijá-la, propositalmente, Carina
postou as mãos em meus ombros, por trás de mim, e exercendo leve pressão, para
que fosse descendo meus lábios por seu corpo. Essa parte eu não consigo
descrever... Faltam-me palavras para ilustrar o quão belo era o busto de
Carina. Faltam palavras para narrar os pensamentos e sensações prazerosas que
se deslocavam descontroladamente em meu corpo e alma.
Ao iniciar as carícias, com os lábios, em sua barriga, minhas mãos
alcançavam o elástico da saia de Carina, e não se contentavam mais em
permanecer ali. Começaram a descer sua saia. Carina acariciava minha cabeça, e
eu entorpecido de prazer, a beijá-la.
Um detalhe à parte. Quando terminei de retirar sua saia, vislumbrei
Carina invulnerável ali, deitada à minha frente, entorpecida também pelas
descobertas que estava fazendo naquele momento. Estava ela deitada, usando
apenas uma calcinha azul marinho, com rendas na frente. Apesar da pouca luz do
ambiente, seus seios pareciam irradiar alguma luminosidade, compartilhada pelos
seus cabelos. Os olhos estavam a refletir a pureza de sua alma.
Ela permanecia deitada, com os pés na cômoda, e joelhos para o alto.
Postei entre seus joelhos, reclinado, aproximando meu rosto do dela. Durante os
primeiros beijos trocados, com toda calma e carinho por nós, faziam com que
nossos sexos se encostassem involuntariamente, por sobre os finos panos das
roupas debaixo. Era possível um perceber a excitação do outro, e isso só fazia
com que ficássemos ainda mais desejosos pelo outro. Seus seios pareciam me
espetar, sempre que aproximava meu corpo ao dela. Meus braços postavam por trás
dos ela, com as mãos alcançando seus ombros, e os braços dela entrelaçavam meu
pescoço.
Sem nem muito percebermos, nossas mãos íam correndo pelo corpo do outro,
em forma de descoberta e de carícia. e os beijos que estavam calmos, aumentavam
gradualmente a intensidade. Quando percebi a posição das minhas mãos, já
estavam na cintura de Carina. Ela segurou meu braço de leve, enquanto eu estava
descendo-o. Seguindo esse movimento, em pouco tempo Carina estava completamente
despida das roupas, mas encontrava-se coberta de uma energia positiva de
alegria, de paz e pureza. Era um verdadeiro anjo que se encontrava em minha
frente. E mesmo minha humanidade não a fizera perder sua divindade.
Ela já estava biologicamente esperando o ato, mas eu ainda me receava.
Ela agora já não sorria mais. Ela me olhava de forma profundo. Olhava nos meus
olhos, não me repreendendo. Ela estava pedindo pela satisfação à inquietação
(até então desconhecida por ela). Agora sentada, ela, mesmo sem jeito, começou
também a me despir. Ajudei-a, com minhas mãos sobre as delas, à cobrir. Assim
sendo ela voltou a olhar nos meus olhos, e agora a sorrir, um sorriso leve.
Estava ficando à vontade novamente. Os poucos momentos de consciência no qual
ela não se entregava ao momento, à fazia travar.
Encarando-a, ainda em dúvida se devia mesmo ultrapassar essa última
barreira, estava eu. Ela olhando pra mim, serena, assentiu, acenando um “sim”
com a cabeça. Em seguida, Carina aproximou
seu corpo do meu. Intencionalmente, aproximou seu pubis do meu. Não
havia volta. Naquele momento minha glande aproximara de seus pequenos lábios,
em direção ao canal. Ao começar a travessia, Carina se apertava a mim, em um
abraço. Mesmo que ela abaixara seu rosto, eu, de pé em frente e colado à ela,
vi a expressão em seu rosto. Ela havia fechado os olhos, apertando-os. Os
dentes de cima, mordiam seu lábio inferior. Ela o fazia para suprimir qualquer
ruído que quisera expressar pela dor do ato.
Parei qualquer avanço, e somente abracei-a.
Passado o choque inicial, ela estava aliviada. Duvido que não estivesse
sentido ainda um desconforto, mas ela mesma descendo suas mãos pelas minhas
costas, colocou-se à empurrar contra seu corpo, a minha bunda. Ela queria mesmo
aquilo.
Apesar do desconforto, ela parecia muito gostar. Estava ofegante,
levemente suada tanto pelo calor dos movimentos, quanto pela troca de calor de
nossos corpos.
Permanecemos assim ainda por um tempo indeterminado. Pareceu muito veloz,
pelo ardor provocante que sentia. Pareceu lento, porque eternizei aquele
momento em meus sentidos e memória. Foi incrível à sensação que senti naquele momento.
Diferentemente das outras vezes, havia mesmo amor. Eu não estava mais
preocupado com o que sentia, mas sim com o que trazia prazer a ela. Me dava
mais satisfação ver seu sorriso.
Quando nossos corpos já não aguentavam mais segurar aquele turbilhão de
emoções, paramos todo e qualquer movimento. Ficamos em silêncio velado, imóveis
em um abraço de ligações com força de termofusão. Atingimos o prazer máximo.
Nos mantivemos ali, imóveis, por longo tempo... Nossos corpos pareciam se
comunicar, um apaziguando ao outro. Era possível ouvir os corações pulsando
freneticamente. Retumbava em eco decrescente ao longo do tempo.
Aquele turbilhão de desejo passara, por ora. Mas o amor pleno havia
ancorado. E assim ainda nos beijamos por muito tempo. Quando nos demos conta do
tempo que se passara, o dia já estava pra perto do nascer do sol.
Nos vestimos, preguiçosamente, e saímos, de mãos dadas. Com sorrisos
cravados. Estávamos leves, algo próximo à sensação de sair volitando. E assim
voltamos para perto da cozinha. Fomos os primeiros a chegar, da nossa turma.
Aos poucos um a um foram aparecendo. Fizeram algumas muitas brincadeiras sobre
o “casal”. Mas nada que se compare ao que realmente havia ocorrido (tanto
física, quanto afetivamente).
E foi nessa manhã que fomos embora. Depois de comer, e arrumar as coisas.
A vida voltaria ao normal: trabalho, estudo, lazer, família... Mas algo havia
balançado tudo que eu havia, até pouco tempo atrás, chamado de felicidade.
Esse algo, que chamo de felicidade agora, se chama Carina.
WINE, Tato
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