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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Suspenso no Espaço

Levitação imóvel, descotrolada,
Uma indiferença ao mundo real,
A cegueira dos sentidos,
O vazio.

Alma fugida,
O oco intelectual domina,
E você, anestesiado.

Num súbito lampejo emocional,
Uma tristeza profunda e sem origem,
Surge, como sendo a única sensação definida.

Nada o faz voltar,
Nada o fez ir.
E somente uma boa noite de sono, não sentida,
O trará de volta ao mundo real.

WINE, Tato

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Infância Latente

Eu consigo sorrir,
Sem possuir dinheiro;
Consigo ver cores
Em meio ao cinza urbano.

Tudo é tão divertido!
Sem as maldades do mundo,
Com percepcção limitada do racional,
E uma fé nos adultos, nos parentes e amiguinhos.

E por que tem gente que acha isso idiota?
Será que já estão num estado irreversível,
De ignorância acometida pela idade e a "madurecência"?
Provável que o mundo tenham-no lançado,
Em carvoarias e escravidão,
Devorando a sua ingenuidade, a sua fé,
E a visão difusa no futuro, em si mesmo.

Me ridicularizam, por pensar diferente,
Por acreditar no bem e na verdade, no amor universal.
Pareço tão alienígena?
Onde será que encontro meus "conterrâneos"?

Agora, vou brincar de escrever, e você vai ler,
Quase que com certeza, vai falar: "Nossa! Que lindo!"
Mas sem entender e realmente absorver a essência,
Exprimida nessas poucas palavras.

Acho que assassinaram parte de você, aos poucos,
Sufocaram parte do seu cérebro,
Que o ligava ao mundo das idéias, de Platão.

O que me resta é ir ao teu velório, assistir de longe,
E me confortar na lembrança,
De que um dia eu estive contigo...

Descanse em paz, amiguinho... Sentirei saudades...

WINE, Tato

A Vida se Esvái...

Em meio a esse caos,
Onde a violência está banalizada,
Confesso que não me envolvi tanto,
No caso do sujeito que atira na ex-namorada...

Eu não os conheço, não são meus parentes,
E nem nunca me disseram nem "Oi".
Por que as pessoas se sensibilizam com isso?
Essas mesmas pessoas cruzam as ruas,
Passam por mendingos, crianças de rua,
Fracas pela fome, pelo frio, mas o pior,
Pela indiferença, que expressamos com atos e olhares (Ou a falta deles).

Outro dia me chamaram de revoltado,
Mas aonde estão nossos sentimentos?
Simplesmente vangloriamos a TV,
Cultuamos a morte, que é passada durante semanas (até meses),
E posteriormente em restrospectivas de ano.

Por que não preocupamos em salvar, quem AINDA não morreu?
Qual o seu bom ato, para a sociedade, nas últimas semanas?
Ficar com dó dos pais da guria, não é um bom ato. É passividade!

O que realmente me tocou, foi um colega de trabalho,
Que não tenho muita ligação, narrando sobre um parente,
Que descobriu que tinha câncer, e foi tratado, e teoricamente curado.

Doença traiçoeira... Pois ela tinha emanado pra outro ponto, e estava latente.
Mas rapidamente voltou a ativa, e os médicos, trabalham contra, mas...

A vida se esvái...
... nos olhos do enfermo,
Que nota sua própria condição,
E perder o amor pela vida,
O brilho nos olhos, e o sorriso cativante...

Mesmo que eu não o conheça pessoalmente,
Foi algo que me senti próximo.
E sim, eu acho que essas pessoas,
Que são de verdade;
Que estão próximas;
Essas devem ser ajudadas, acompanhadas,
Valorizadas.

O que peço, é:
PAREM DE CULTUAR A MORTE!!!!

Vivam intensamente, a cada momento, a cada pessoa.
Tudo é passageiro, existem reinos melhores e piores.
Mas faça sua vida valer a pena, ganhe pontos,
A cada sorriso que você consiga arrancar, esponteneamente.

Não fiquem com vergonha de serem idiotas,
Há pessoas que não conseguem tempo pra isso...
Que não vivem pra ensinar isso aos seus filhos e/ou netos....

WINE, Tato

Dark Sun

A morte... O Sol...
Essas são as marcas dessa terra,
Onde os mortais morrerem
E os imortais sofrem pela eternidade;
Onde o dia nunca cessa;
Onde a noite há apenas um sol.

A fumaça sái a cada passo dado,
Os rios parecem ferro derretido,
Os olhos ardem, secos,
E a sensação é de fraqueza, desmaios.

Homens fortes perambulam por essas areias,
Deixam sua marca de resistência, a cada vitória,
Exalam o cheiro do medo, com seu olhar,
Com a presença musculosa, suada, de gladiador.

É em condições sub-humanas,
Que vivem os verdadeiros guerreiros,
Armados e munidos de força de espírito,
Esses seres persistentes atraem a atenção
E a desconfiança...
São temidas por serem capazes de se adaptar
E de sobreviver as intepéries do destino...

Simples teoria da adaptação,
Onde somentes os preparados e adequados, sobrevivem...

Ao toque do inferno...

WINE, Tato

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Dilacerador

Tome escravo incompetente!
Prove o sabor da derrota!

Após aqueles poucos minutos de castigo,
Vem a dor e peso na consciência,
De pensar no silêncio e solidão na noite,
Na derrota, no fracasso.

Porque lhe falta coragem pra reagir?
Porque se esconde atrás de desculpas?

Porque é um covarde!
Falta-lhe ousadia, falta-lhe o instinto alfa.

E agora, como reagir?
Tente agora levantar a cabeça, deixar o queixo firme.
Ande covarde, volte a vida normal, sorria,
Como se as marcas fossem invisíveis.

Erga-te homem, sáia da inércia, do repouso.
O mundo muda, com a mudança da mente.
Simplesmente, mude, infeliz!

WINE, Tato

Teatro Estático

Olá amigos leitores,
Gostaria que levantasse a mão direita,
Aqueles que acreditam em personalidade.
*Espero cinco minutos*.

Porque você levantou a mão, camarada?
Eu tenho personalidade. Eu sou EU!
Aé? Achamos aqui um exemplar único!
Aplausos por favor! *Corrente de aplausos*.

Todos com cara de perdidos no espaço.
Mas sim, esse cidadão é único,
Vocês acreditam? Ele diz ter personalidade.
É uma alma privilegiada.

E não tenho?
Acredito que não, jovem.
O que você tem aí, é apenas um pacote.
Um pacote cheio de atributos, características.

Atributos estes que podemos ver com sendo:
Qualidades, defeitos, gostos, desejos, carências...
Mas elas não são suas. Você não as criou,
Você herdou, seja da família, dos amigos,
Dos inimigos, e do mundo em si.

Para de se ver como TÃO IMPORTANTE.
Você é apenas mais um.
Um comprador e adaptador de pacotes.

WINE, Tato