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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O Encontro das Águas

Um convite, uma porta aberta,
para uma dimensão alternativa,
em que as limitações físicas quase desaparecem,
tornam-se minúsculas, em meio a tanto deslocamento de energia.

A velha infância latente ecoa pelas fendas da unidade corpo-alma.

A chuva umedece as paredes do castelo,
e amolece as muralhas,
trás a vulnerabilidade.

As águas escorrem pelas frestas,
e trazem uma sensação de gozo de felicidade,
em sua plenitude.

E sem deixar com que a maturidade do coração desaparecesse,
vem ela, passando com seu tom branco rosado,
rosto indicando a doce fatalidade,
a precisão tenaz de teu olhar de serpente.

Não é necessário que algo de especial aconteça,
apenas a sua presença já iluminou meus dias.
Talvez seja exatamente o brilho do acaso,
do destino indomável, que me atrái.
Mesmo que ela desconheça tudo isso...

E ao fim do trajeto, o abraço solidário e acalentador de Morpheu,
que contempla o mero mortal com a presença no plano dos sonhos,
e assim se encerra um grande sonho, de uma realidade semi-real...

WINE, Tato

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O Vôo Noturno

Asas esticadas,
músculos tonificados,
olhos bem abertos,
espreitam na escuridão do covil.

As amarras já não prendem mais.

Velocidade máxima, o salto, e a descoberta...

Novas possibilidades,
o vento tocando o rosto,
e a certeza...

A queda virá,
mas até que ela nos alcance,
eu serei feliz!

WINE, Tato

Musa

Em um estado de suspensão cerebral, estava eu
atordido com o passar daquela graciosa garota,
não mais que um ou dois anos mais nova,
delicadeza em seus traços,
e um ritmo em seus passos.

O rosto emite uma luz serena,
um brilho branco, que emana dos teus olhos,
com toda pureza provocante.

Teu corpo, desenhado, lembra as ondas do mar,
com graça, movimento e um tom devastador,
que intriga e inibe qualquer reação imediata.

Sim, é essa a guria que me desconserta,
que me trava, e me deixa abobado,
gago,
sem nem mesmo ela querer ou saber.

Eu não ligo se ela não saiba de mim,
Pois eu sei quem ela é, e fico contente,
Só de vê-la passar...

WINE, Tato