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domingo, 27 de setembro de 2009

Um gole de álcool

Nesse momento a única coisa que precisava era de um entorpecente,
que me derrube numa noite de sono, profundo e ininterrupto,
após de desvio de atenção e uma dose de auto-estima e coragem.
A noite não acaba, a Terra não me engole,
os problemas continuam os mesmos, limitantes,
como sombras da minha própria perversidade.
Por que não faz efeito? Por que não apago?
E os olhos ardem...
E no auge do momento de loucura, a vida se despede,
de forma delicada e lenta, quase invisível.
A dor, somente no dia seguinte,
quando o crânio parece querer explodir,
o osso flácido, até mais que a própria carne,
os olhos ardem,
e hoje, apenas mais um dia comum,
assim como os próximos...

WINE, Tato

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