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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O Portal

Vemos ao longe, aquela fresta,
Parece cortar o horizonte.
Fissura irregular, de cor azul escuro, intenso.
Que aos poucos desabrocha.

Ele vai ganhando seu formato de elipse vertical,
Ele te atrái, em um misto de curiosidade e medo.
Você adentra a esse espaço extra-dimensional...

Ao olhar pra trás,
Vê que tudo que você viu, viveu,
Experimentou, criou, sentiu, acreditou;
Tudo que fez parte de ti, fora aniquilado.
As chamas do sacrifício ardem incandescentes,
Sobre esses quadros e estatúas, sobre a estaticidade.

E como num veloz raio, um flash,
Sua história não mais existe, jaz enterrado em você.
Sua cabeça parece pesar o mundo inteiro.
A dor te faz chorar, faz cair esmurecido.

Mesmo que sem volta, o "destino" te dá uma oportunidade:
REAGIR

Talvez o que você perdeu, que são coisas santificadas,
Estejam no mais perfeito dos santuários, intocados.
Mas você deve saber erguer novos altares.

Mesmo que "aquele" fim aconteça, as coisas não morrem,
Ao não pertencerem mais ao cotidiano, ao físico.
Memórias... Não são apenas memórias, são a TUA origem,
O princípio de tua inteligência, a força bruta que compõe o universo.

Saudemos a Lei de Destruição! Abusemos de seu poder ofensivo e criativo.
A luta resistente para a sobrevivência é algo engrandecedor.
Faça o teu momento de luta.
O suicídio do modismo.

WINE, Tato

Um comentário:

  1. Gostei, Tatão. Um relicário de forças. Que passem pelo crivo da essência metagrafada.

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